“O Tatuador de Auschwitz” by Heather Morris || OPINIÃO

Título: O Tatuador de Auschwitz

Título Original: The Tattooist of Auschwitz

Autor(a): Heather Morris

Editora: Editorial Presença

Nº de Páginas: 228

Data de Publicação: Janeiro/2018

ISBN: 978-972-23-6166-8

P.V.P: 14,32€

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Sinopse:

Esta é a história assombrosa do tatuador de Auschwitz e da mulher que conquistou o seu coração – um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto.

Em 1942, Lale Sokolov chega a Auschwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver gravando, com tinta indelével, uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele próprio, criando assim aquilo que se veio a tornar um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.

À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência, mas também pela desta jovem.

Um romance baseado em entrevistas que Heather Morris fez ao longo de diversos anos a Ludwig (Lale) Sokolov, vítima do Holocausto e tatuador em Auschwitz-Birkenau. Uma história de amor e sobrevivência no meio dos horrores de um campo de concentração, que irá agradar a um vasto universo de leitores, em especial aos que leram A Lista de Schindler e O Rapaz do Pijama às Riscas, e que nos mostra de forma pungente e emocionante como o melhor da natureza humana se revela, por vezes, nas mais terríveis circunstâncias.

Opinião:

Mais um livro terminado, o que significa mais uma história lida, mais emoções há flor da pele, mais momentos de imaginação e de viagem para outro lugar, mas desta vez não para um lugar imaginário e feliz, desta vez viajámos no tempo, mais propriamente até 1942, quando muitos judeus foram enviados para os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau.

O Tatuador de Auschwitz vai contar-nos a história de Lale e de Gita, dois dos prisioneiros judeus em Birkenau, sendo Lale nada mais nada menos que o Tatuador mais conhecido dos campos de concentração, aquele que fez de tudo para sobreviver e ajudar muitos outras a sobreviver às atrocidades cometidas pelos generais e guardas das SS.

Como devem imaginar, principalmente se já acompanharem o meu trabalho à algum tempo, todos os livros que retratem Auschwitz, o Holocausto, a 2ª Guerra Mundial e por aí fora têm um lugar especial na minha coleção, estes são temas que sempre me fascinar na literatura e a quantidade de livros existentes na minha estante sobre o assunto nunca são demais.

Este livro não é diferente de muitos outros, há já algum tempo que o tinha na minha wishlist e quando finalmente o encontrei em promoção decidi de imediato comprar para ficar a conhecer a história desta personagem tão conhecida dos campos. Mesmo sem saber que a história tinha sido contada pelo próprio há autora, a vontade de ficar a conhecer o que levou Lale a aceitar este trabalho e a marcar tantos prisioneiros sempre existiu e a verdade é que não me arrependo minimamente de ter lido este livro.

Aqui poderemos encontrar não só uma história verídica, com os seus traços de ficção, algo que nos é explicado logo no começo do livro pela autora, mas encontramos também uma história de esperança por um futuro, esperança de conseguir ultrapassar todos os obstáculos que se colocarem à sua frente para conseguir sair vivo dos campos, temos uma história que mostra a necessidade crescente de dar a conhecer a mais pessoas, principalmente aos mais novos e revolucionários as atrocidades cometidas pelo regime Nazi e a urgência de que nada daquilo volte a suceder.

Quando estamos perante histórias tão fortes, tão tristes é muito difícil conseguir controlar as emoções e ler até ao fim sem chorar uma única vez, e para ser sincera esta iria ser a primeira vez que não chorava com um livro sobre o holocausto, mas no fim não consegui conter a emoção e acabei a leitura a chorar, não propriamente pela tristeza de ler todos os horrores que aconteceram, mas emocionada pela possibilidade que Lale e Gita tiveram de continuar a viver e de ter um futuro, independentemente do que isso significava para cada um, mas aquela emoção de ver alguém que esteve às portas da morte várias vezes e conseguiu sobreviver e contar a sua história é extraordinário.

Este é um livro simples, bem situado historicamente, com descrições de espaços, locais e situações bem conseguidas e principalmente com uma junção de realidade e ficção muito bem conseguida. Nem sempre é fácil que isto aconteça, muitas das vezes vão existir sempre divergências, ainda mais quando um período da história europeia está envolvido na trama do livro.

Se tiver de recomendar este livro a alguém, deixo antes um aviso, se forem muito sensíveis com este tipo de histórias e descrições é preferível que comecem a ler livros mais calmos como por exemplo O Rapaz do Pijama às Riscas, O Rapaz no Cimo da Montanha ou até mesmo O Diário de Anne Frank, estes são livros mais simples de ler e sem grandes pormenores macabros.

A classificação atribuída foi de 5 estrelas

A Vossa Gothic Clare

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