“A Camareira” by Nita Prose || Opinião

Título: A Camareira

Título Original: The Maid

Autor(a): Nita Prose

Editora: Editorial Presença

Nº de Páginas: 328

Data de Publicação: Outubro/2022

ISBN: 978-972-23-6989-3

P.V.P: 17,01€

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Sinopse:

Sejam bem-vindos. Sou a vossa camareira. Entro nos vossos quartos e conheço os vossos segredos.

Molly, a camareira, está completamente sozinha no mundo. Sim, está habituada a ser invisível, e é isso mesmo que também é no Regency Grand Hotel, onde, todos os dias, dobra roupa, faz as camas dos quartos de lavado, põe miniaturas de champô e pequeninos sabonetes nas casas de banho, limpa o pó e os segredos que os hóspedes deixam para trás quando fazem check-out. Ela é apenas uma camareira – porque haveria alguém de reparar nela?

Mas isso está prestes a mudar radicalmente. Todos os holofotes se viram para Molly quando é ela quem descobre o famigerado Mr. Black morto e bem morto na cama da sua suíte. Este não é o tipo de confusão que Molly pode limpar rapidamente. Porém, à medida que a teia de mentiras, sussurros, pistas e enganos se vai espalhando pelos corredores do Regency Grand Hotel, ela descobre que tem, dentro de si, um dom para a investigação. Sim, é apenas uma camareira – mas o que conseguirá Molly ver que todos os outros ignoram?

Mistério, suspense e muitas reviravoltas no romance que está a apaixonar leitores em mais de vinte países. Como pode uma pessoa ser, ao mesmo tempo, tão normal e extraordinária?

Opinião:

“A Camareira” conta a história de Molly, a camareira mais exemplar do Regency Grand Hotel. Este livro vai desenvolver-se em torno da vida, trabalho, passado e presente desta personagem, sendo que será por causa de um acontecimento em particular que tudo vai mudar na vida de Molly.

Durante um dia normal de trabalho para Molly, quando vai realizar a limpeza do quarto do casal Black, encontra Mr. Black morto no quarto, assim como tudo revolucionado, coisas em falta, armário aberto, o cofre também, comprimidos espalhados no chão, tudo desarrumado e Giselle Black, mulher de Mr. Black, desaparecida.

Sendo Molly uma jovem inocente, ou que pelo menos que tem bastante dificuldade em compreender as atitudes das outras pessoas à sua volta, deixa-se levar pela conversa de um colega de trabalho que a engana e que faz com que Molly seja considerada uma pessoa de interesse na investigação da morte de Mr. Black.

Só no final do livro é que iremos conseguir compreender um pouco melhor Molly e perceber que talvez ela não seja tão inocente, talvez Molly seja muito inteligente e esperta e que em muitas situações ela poderá ter compreendido melhor o que estava ao seu redor do que o que nós pensávamos.

De uma forma geral a história foi bem conseguida, temos uma boa construção e desenvolvimento da ação e do mistério que existe no livro, mas infelizmente temos também alguns aspetos negativos, como por exemplo o facto deste livro ter muito monólogo, muitos momentos de recordação por parte da Molly, alguns dos quais não consigo entender o porquê da autora os ter colocado na história, algumas coisas que não fazem sentido. Existe também a questão da falta de explicação da autora para a questão da Molly, esta personagem pode ter algum tipo de distúrbio neurológico ou até autismo e este tema nunca foi tocado pela autora na história. Um outro aspeto que não gostei está relacionado com a falta de desenvolvimento da personagem principal, enquanto temos personagens como Mr. Preston ou Juan Manuel e até mesmo a detetive Stark que têm um crescimento enorme ao longo da história, Molly que é nada mais, nada menos que a personagem principal não teve grande crescimento, dá a sensação que ficou estagnada no tempo.

Apesar disto é um livro com uma boa tradução, sem presença de erros, com uma narrativa forte e bem conseguida.

Por todos estes motivos decidi classificar “A Camareira” com 3.5 estrelas.

A Vossa Gothic Clare

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